Você alguma vez já se perguntou se o superacelerador de partículas da CERN, no qual foram realizados os experimentos que detectaram a presença do Bóson de Higgs, poderia produzir um buraco negro em laboratório? Pior ainda, um buraco negro que fosse capaz de engolir o nosso planeta?!
De acordo com o pessoal do site Ask a Mathematician / Ask a Physicist, não há motivos para pânico. Embora seja possível criar um “micromini” buraquinho negro através do acelerador de partículas, nunca — jamais — a CERN poderá criar um buraco negro poderoso o suficiente para engolir a Terra. Segundo o site, o buraquinho seria tão pequenino que seria difícil forçá-lo a engolir um único elétron.
Colisões
Parece que o receio surgiu devido às colisões que a CERN pretende realizar no acelerador, chamadas TeV e que devem liberar uma quantidade de energia equivalente a um trilhão de elétrons-volt. No entanto, essas colisões já ocorrem naturalmente nas camadas mais altas da atmosfera e, estatisticamente, esses eventos devem acontecer pelo menos duas vezes ao dia.
Além disso, o recorde de energia produzido naturalmente por uma colisão de partículas gerou 300 milhões TeV — quando cientistas detectaram uma partícula, provavelmente um próton, em 1991 —, e a única evidência de que a liberação dessa quantidade absurda de energia ocorreu é uma onda de radiação intensa que apenas afetam pequenas áreas. Nós provavelmente já fomos atingidos por esses eventos diversas vezes, sem sequer perceber.
Embora os cientistas da CERN estejam trabalhando para produzir colisões capazes de liberar algo em torno de algumas dezenas de TeV, eles também estão estudando métodos de poder detectar a formação desses buracos negros mínimos, já que por serem tão incrivelmente pequenos e pouco poderosos, eles não seriam sequer detectados pelos equipamentos do colisor. Portanto, relaxe!
0 comentários:
Postar um comentário