sexta-feira, 2 de agosto de 2013

UE e China entram em acordo para importação de painéis solares


Placas fotovoltaicas estão em fase de instalação na UFPB; departamento terá prédio com geração de energia solar no teto (Foto: Krystine Carneiro/G1)
A Comissão Europeia acendeu a luz verde nesta sexta-feira (2) para que o acordo com a China sobre a importação de painéis solares do país asiático. A previsão é que este acerto passe a valer a partir da próxima semana.


A decisão foi adotada com apoio “quase unânime” dos Estados-membros, informou a comissão em um comunicado. Os termos oficiais desta negociação serão publicados neste sábado no Diário Oficial da União Europeia e entrarão em vigor na próxima terça-feira.

O tratado firmado pelo comissário encarregado pelo Comércio, Karel De Gucht, e autoridades chinesas prevê o desaparecimento de medidas impostas pela UE aos produtos chineses. Em contrapartida, os fabricantes chineses comprometem-se a respeitar um preço mínimo de geração de energia que será estipulado.

As cláusulas do acordo são confidenciais, mas, de acordo com a agência de notícias France Presse, o preço mínimo por watt que cada painel produzirá será de US$ 0,56. Um terço dos fabricantes chineses não aceitaram a negociação.

Entenda o caso
Fabricantes de painéis solares europeus acusam a China de se beneficiar dos enormes subsídios estatais, que lhe permitiu exportar para a Europa painéis solares de baixo custo no valor de 21 bilhões de euros (cerca de US$ 28 bilhões), tirando empresas europeias do negócio.

Outras indústrias europeias que acusaram a China de "dumping" tiveram que lidar com importações de cerca de 1 bilhão de euros (R$ 3,45 bilhões) por ano.

A Europa planejava impor tarifas pesadas a partir de 6 de agosto, mas, receosa de ofender os líderes chineses e perder negócios na segunda maior economia do mundo, uma maioria de governos da UE, encabeçados pela Alemanha, se opôs ao plano, que levou ao acordo com concessões.

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